A Universidade de Goiás é uma instuição atuante no fomento de projetos e atores que promovam a educação, a cultura e a preservação da memória e do patrimônio cultural do estado de Goiás, que busca constantemente se associar a iniciavas que estejam alinhadas com esses preceitos. É nesse contexto que se mostra interessada em apoiar o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.
Há 23 anos, na Chapada dos Veadeiros ocorre anualmente o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, um evento que faz parte do calendário cultural anual do Estado de Goiás, e é reconhecido como patrimônio cultural imaterial goiano através da Lei Estadual 22.007/2023. A iniciava possui um público diversificado de todas as regiões do Brasil e parcipantes de outros países.
O projeto recebe espetáculos que unem música, dança e fé e traduzem a essência de povos indígenas, mestres, brincantes, careiros, violeiros, arstas e representantes de diferentes tradições da cultura brasileira, reflendo a riqueza do patrimônio cultural imaterial produzido nos interiores do Brasil. Com isso, ao longo dos anos, tornou-se referência no debate sobre as culturas populares do país, reunindo a cada edição mestres da cultura tradicional e representantes do poder público, universidades, pesquisadores e da comunidade.
Mais de 575 atrações já passaram pelos palcos do projeto, foram realizadas mais de 196 oficinas e cerca de 200 rodas de conversa, além de palestras, mostras de filmes e feiras sustentáveis. Em 2006, o projeto foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como uma das 10 melhores iniciavas para promover as culturas populares e tradicionais. Em 2015, também recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria II, por sua excelência na promoção e gestão comparlhada do patrimônio cultural. Além disso, em 2017, a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, endade realizadora do Encontro, recebeu o Prêmio Culturas Populares - Edição Leandro Gomes de Barros, concedido pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
Um dos desdobramentos do Encontro de Culturas foi a implementação na Vila de São Jorge do projeto Turma Que Faz. Trata-se de um projeto educacional que realiza um trabalho social por meio de avidades educavas, arscas, culturais, esporvas e ambientais e que ulizam a arte e o meio ambiente como linguagem sensibilizadora e realizadora. O objevo é desenvolver o capital humano nas crianças e adolescentes, a parr de experiências que promovam a autoesma, a comunicação e a expressão, a convivência familiar e comunitária, o reconhecimento do contexto em que vivem e a consciência ecológica e patrimonial, e tem a música como ferramenta principal de trabalho com os jovens da região.
Atuando diretamente no atendimento de crianças e adolescentes na comunidade da Vila de São Jorge e em Alto Paraíso, o Projeto Turma Que Faz tem construído uma trajetória de transformação da realidade das crianças e adolescentes. Suas ações trazem a criação de espaços livres de brincar, criação arsca e aprendizagem com a natureza viva e abundante do Cerrado.
Uma das caracteríscas do trabalho desenvolvido é a criação de Operetas Populares com as crianças e adolescentes atendidos pelo projeto. A cada ano um novo espetáculo é apresentado para a comunidade da Vila de São Jorge durante o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Em Dezembro de 2023 será realizada a opereta “Maria Manteiga e as Ervas Mágicas”
A coordenação do Turma que Faz é da arte-educadora Doroty Marques. Portadora de uma práca pedagógica única, a arsta reconhecida como Mestra da Cultura Popular pelo Ministério da Cultura, acumula mais de 40 anos de um trabalho sólido que já angiu mais de 200 mil crianças e jovens e 10 mil professores nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia e Acre.
A realização de uma edição especial como extensão do Encontro de Culturas em Dezembro de 2023, focada na Educação Transformadora, busca expandir suas avidades e celebrar seus 23 anos de história. As exposições aproximam o público do patrimônio cultural imaterial, enquanto as oficinas lúdicas transmitem conhecimentos tradicionais. Essa abordagem educava democraza o acesso à cultura e promove uma sociedade mais consciente, inclusiva e plural, incenvando a reflexão críca e o diálogo intercultural.
A UFG acredita que a Educação Transformadora proporciona uma transformação individual e coleva, unindo cultura, educação e cidadania para construir um futuro mais inclusivo e consciente da diversidade cultural, valorizando e preservando a autencidade de nossas tradições. As avidades propostas despertam o interesse do público diversificado, que passa a reconhecer e conhecer as culturas tradicionais e originárias do Brasil e sua importância na construção de uma sociedade mais igualitária e sustentável, sintonizada com o meio ambiente e consciente da diversidade sociocultural nacional e da importância da manutenção dos modos, costumes e fazeres culturais tradicionais e populares. Divulga as raízes das células rítmicas que estão guardadas com as manifestações tradicionais brasileiras.
O projeto é um espaço que reúne grupos diversos de todas as regiões do país. Um ambiente propício para a construção de polícas públicas, abrangendo assim, o maior número possível de contribuições e visões de mundo, o que enriquece as discussões. O objevo é esmular o registro das rodas de prosa em texto, fotos e vídeos a fim de contribuir com a formulação de polícas públicas.
Como pôde ser observado, o projeto Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros é considerado uma iniciava de grande importância para a preservação e fomento das culturas populares do Centro-Oeste brasileiro e a promoção do desenvolvimento sustentável e social da região da Chapada dos Veadeiros, do Nordeste Goiano e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno-RIDE.